Há dois anos, o país vê startups atingirem valor de mercado de US$ 1 bilhão, com cenário econômico que estimula investimento no setor.
O Brasil tem 12.700 startups, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) — crescimento de 27% em relação a 2018, quando eram 10 mil empresas. E 20 vezes mais do que em 2011, ano de fundação da Abstartups, que contabilizou 600 negócios à época.
Startups são empresas de base tecnológica que têm crescimento rápido e escalável — com aumento de ganhos sem inflar os custos.
“As startups viraram o jogo, estão muito presentes no nosso dia a dia, nos smartphones, nas ferramentas que a gente usa para se comunicar, na forma como a gente compra e contrata. O nosso universo contextual está tendo participação efetiva das startups”, avalia o presidente da Abstartups, Amure Pinho.
E as brasileiras estão cada vez mais na mira dos investidores, pelas soluções inovadoras e pelo cenário econômico, de juros baixos que estimulam investimento de risco.
Amure destaca a redução na taxa básica de juros como um dos impulsionadores dos investimentos no setor: “Tivemos uma entrada muito forte de capital externo no Brasil. Pode-se ver com a entrada do SoftBank (conglomerado japonês de telecomunicações) investindo em vários unicórnios. Isso aconteceu, em grande parte, porque a gente teve uma queda da taxa de juros e essa queda faz os investidores saírem dos bancos e investimentos mais conservadores para investimentos um pouco mais arriscados, e as startups acabam se beneficiando disso. O resultado que a gente tem é que, a cada ano, as startups vão ganhando muito espaço na economia brasileira, redesenhando, de certa forma, parte da economia através da inovação”.