Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa e professor do Insper e ESPM
SÃO PAULO – Falar de inovação não é dizer que estamos vivendo uma época de mudanças, ao menos não agora. O correto, segundo Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa e professor do Insper e ESPM, é que estamos vivendo uma “mudança de época” que tão cedo não deve parar.
“A inovação acontece sempre por três motivos: preguiça, ambição ou medo. O primeiro é o caso da invenção da roda: ela surgiu por preguiça do ser humano. Hoje, a maioria inova por medo – de não acompanhar o ritmo das mudanças, de ver tudo perdendo o significado, sem saber qual rumo tomar”, contou no programa.
Não é um medo irracional: o ritmo atual é muito mais rápido que o de antigamente. Romeo associa a “doença do século”, a depressão, à essa dificuldade de entender e de se adaptar ao espírito da época. “Ainda teremos grandes transformações nos próximos 3 ou 4 anos. Isso é muito rápido”, disse.
O maior impacto disso, e também o que mais preocupa as pessoas, é nas carreiras e no mercado de trabalho. Já não existem muitos empregos, com registro em carteira, direitos trabalhistas e tudo a que estamos acostumados; mas existem muitos trabalhos – como motorista de Uber, entregador de algum aplicativo, entre outros. “É o momento de ressignificar o que é um ‘emprego’ e se adaptar ao que vem surgindo. Não há escapatória”, comentou Romeo.
Para que isso seja possível, existe uma única ferramenta: a educação, seja ela formal ou informal, segundo Romeo.