
Alguns dos maiores laboratórios de exame médico do Brasil, Fleury e Sabin, firmaram uma parceria para investir em startups de saúde. As duas empresas fizeram um aporte de US$ 2 milhões na Qure, incubadora do fundo de investimentos Ourcrowd, de Israel. O objetivo é estimular inovações nas áreas de inteligência artificial, diagnóstico remoto, segurança de dados, biologia molecular e monitoramento glicêmico. “Essa cooperação dará mais agilidade à ampliação do portfólio de serviços”, afirma Lídia Abdalla, presidente executiva do Grupo Sabin. “Estamos atentos às mudanças no ecossistema de inovação”, diz Carlos Marinelli, presidente do Grupo Fleury.
O Grupo Sabin, que faturou R$ 830 milhões em 2017, patrocinou por dois anos a Berrini Ventures, a primeira aceleradora de startups em saúde da América Latina. No ano passado, lançou o Inova Sabin, parte do programa de corporate venture da operação. O Sabin Ventures, braço de investimentos em inovação, incentiva a Pickcells, startup para automatização de exames parasitológicos.
O Grupo Fleury, que teve receita bruta de R$ 2,5 bilhões no ano passado, tem um prêmio de inovação para reconhecer pesquisas acadêmicas. Em dezembro, apresentou o Teste de Origem Tumoral (TOT), em parceria com a startup Onkos, o Hospital de Câncer de Barretos e a Universidade do Maranhão.
A medicina é um eldorado para a inovação digital, devido ao envelhecimento da população no mundo inteiro e à baixa eficiência do setor. Segundo a consultoria McKinsey, o faturamento do mercado global de planos de saúde deverá dobrar até 2025, para cerca de 2,3 trilhões de euros (R$ 10,5 trilhões). De olho no filão, os gigantes Amazon (de Jeff Bezos), Berkshire Hathaway (de Warren Buffett) e JP Morgan criaram uma seguradora. Até agora, anunciaram apenas a escolha do CEO Athul Gawande.